Merchandising com propósito: como ir além da exposição e gerar engajamento no PDV
- @flavia.xb
- 29 de mai.
- 3 min de leitura
Durante muito tempo, o merchandising foi visto apenas como uma forma de dar visibilidade ao produto na gôndola — com materiais como wobblers, displays e ilhas promocionais posicionados de forma padronizada. Mas, em um mercado onde o shopper está cada vez mais distraído, exigente e bombardeado de estímulos, só estar presente não basta.
É aí que entra o merchandising com propósito: ações que não só chamam a atenção, mas criam conexão, contam uma história e geram uma experiência real de marca no ponto de venda. Ou seja, merchandising que não vende só produto — vende valor, emoção e identificação.
Neste artigo, você vai entender como ir além da exposição tradicional e usar o PDV como palco para engajar, emocionar e converter.
🎯 O que é merchandising com propósito?
É o merchandising que tem uma narrativa, um motivo claro e um impacto intencional. Em vez de apenas "decorar" o ponto de venda, ele entrega uma mensagem alinhada à essência da marca e ao momento do shopper.
Ou seja, merchandising com propósito:
Conecta com valores da marca
Cria experiências sensoriais ou emocionais
Estimula a interação do shopper
Gera lembrança e diferenciação
Potencializa o sell-out de forma mais duradoura
🚀 Como fazer isso na prática? Boas práticas e exemplos reais
1. Alie exposição com storytelling de marca
👉 Exemplo: Uma marca de café pode criar um display que simula uma pequena cafeteria, com fotos de produtores locais, frases sobre a origem do grão e uma amostra aromática do produto. O shopper não vê apenas o preço — ele entende a história por trás da xícara.
✅ Dica prática: Use o MPDV para contar uma história — da origem do produto, de um personagem real da marca ou de uma causa apoiada. Isso humaniza a execução.
2. Crie experiências sensoriais no PDV
👉 Exemplo: Uma marca de desodorante montou uma cabine interativa onde o shopper podia sentir a fragrância em diferentes momentos do dia (manhã, academia, balada). Isso transformou um produto comum em uma jornada sensorial.
✅ Dica prática: Ative os cinco sentidos: som, cheiro, toque, imagem e até gosto (no caso de alimentos e bebidas). Experiência ativa gera memória afetiva e aumenta a intenção de compra.
3. Contextualize o produto no dia a dia do shopper
👉 Exemplo: Uma marca de alimentos infantis criou um espaço temático no supermercado com itens lúdicos, receitas rápidas e dicas de lancheira saudável. A exposição fazia parte de um “mini universo” que resolvia uma dor do shopper.
✅ Dica prática: Ajude o shopper a visualizar como o produto se encaixa na rotina dele. Monte cenas reais (ex: café da manhã, treino, cuidados com o bebê) dentro do PDV.
4. Use o PDV como canal de educação e causa
👉 Exemplo: Uma marca de cosméticos veganos usou os displays para informar sobre ingredientes naturais e o impacto ambiental da escolha do consumidor. Cada exposição trazia um “QR Code” com conteúdo adicional sobre o tema.
✅ Dica prática: Transforme o merchandising em um veículo de conscientização, seja sobre saúde, sustentabilidade, inclusão ou educação. Isso reforça o valor da marca e gera identificação.
5. Estimule a interação com a marca
👉 Exemplo: Em uma ação promocional, uma marca de chocolates instalou um “totem da sorte” onde o shopper podia girar uma roleta digital após a compra e ganhar brindes ou conteúdos exclusivos. Simples, divertido e eficaz.
✅ Dica prática: Pense em formas de gamificação leve no PDV. Isso engaja, gera boca a boca e aumenta o tempo de permanência do shopper na seção.
📊 Resultados: Por que merchandising com propósito vale o investimento
Marcas que investem nesse tipo de abordagem colhem benefícios claros:
Aumento no tempo de permanência no PDV
Maior taxa de conversão por exposição
Fortalecimento da marca no momento da decisão de compra
Engajamento e viralização espontânea (quando bem executado)
Fidelização por identificação emocional
Presença não é suficiente — é preciso criar conexão
No novo trade marketing, o merchandising precisa fazer mais do que chamar atenção. Precisa criar relevância. Isso só acontece quando há propósito por trás da exposição — quando cada material, display ou ação conta uma história que o shopper quer ouvir (e viver).
Marcas que emocionam, vendem mais. Marcas que criam experiências, são lembradas. E tudo isso começa no ponto de venda.
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