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Como desenvolver um Tradebook assertivo

  • @flavia.xb
  • 23 de mai.
  • 3 min de leitura

O sucesso de uma estratégia de trade marketing depende, entre outros fatores, da clareza na execução. É nesse contexto que o tradebook ganha protagonismo: ele traduz diretrizes estratégicas em orientações práticas para o time de vendas, promotores, parceiros e distribuidores. Mas como desenvolver um tradebook que seja assertivo tanto para o varejo quanto para a distribuição, considerando que são canais com dinâmicas diferentes?

A resposta está em entender as especificidades de cada um e criar um material que una padronização, adaptabilidade e foco em resultados.


O que é um tradebook e por que ele é essencial?

O tradebook é um guia que organiza e padroniza a execução da marca no ponto de venda. Ele contém orientações sobre:

  • Sortimento ideal

  • Posicionamento de produto

  • Material de ponto de venda (MPDV)

  • Planogramas por canal

  • Políticas comerciais

  • Frequência de visita e cobertura

  • Indicadores de execução e metas

Mais do que um manual, ele é uma ferramenta de gestão da execução e alinhamento estratégico com todos os elos da cadeia.


Desenvolvendo um Tradebook para varejo e distribuição: passo a passo


1. Entenda os perfis e dinâmicas de cada canal

Antes de estruturar o conteúdo, é fundamental entender como varejo e distribuição operam:

  • Varejo direto: normalmente envolve atendimento de lojas com promotor, relacionamento com o comprador, exposição mais controlada e maior influência na execução.

  • Distribuição: exige um modelo mais indireto, com foco em cobertura, capilaridade e parceria com o distribuidor para garantir que as diretrizes sejam levadas ao pequeno e médio varejo.


2. Estabeleça diretrizes comuns (base do tradebook)

Comece definindo um núcleo comum, aplicável a ambos os canais:

  • Arquitetura de sortimento por categoria

  • Posicionamento de marca no ponto de venda

  • Materiais obrigatórios e recomendados

  • KPI’s de execução (ex: share de gôndola, ruptura, visibilidade)

Essas diretrizes formam o “core” do tradebook, que garante a consistência da marca independentemente do canal.


3. Personalize as orientações por canal

Após o núcleo comum, divida o material em dois blocos específicos: varejo e distribuição.

Para o Varejo:

  • Planogramas por tipo de loja (autosserviço, conveniência, farmácias, etc.)

  • Indicadores de execução acompanhados por promotores

  • Frequência de reposição e abastecimento

  • Modelos de exposição secundária (ilhas, pontas de gôndola)

  • Ações promocionais e calendário de ativações

Para a Distribuição:

  • Segmentação dos pontos de venda atendidos (bares, mercearias, padarias, etc.)

  • Estratégias de sell-in e sell-out (vendas por cobertura)

  • Regras para incentivos ao time de vendas do distribuidor

  • Acompanhamento de indicadores de cobertura, positivação e volume

  • Política de abastecimento e ruptura zero


4. Use linguagem prática e visual

Tanto no varejo quanto na distribuição, a execução depende de profissionais que estão no campo. Por isso, o tradebook precisa ser claro, direto e altamente visual.

  • Utilize imagens reais de execução correta e incorreta

  • Destaque o que é obrigatório vs. recomendado

  • Crie checklists de execução por canal

  • Inclua exemplos de aplicação por região, sazonalidade ou tipo de loja


5. Valide com o time comercial e distribuidores

Envolver quem está na ponta é essencial. Promotores, representantes e distribuidores precisam entender, acreditar e usar o tradebook.

  • Realize workshops de validação

  • Colete feedbacks de campo e revise o material

  • Transforme o tradebook em um instrumento de negociação com os parceiros de canal


6. Crie um plano de implementação e acompanhamento

O tradebook não é apenas um documento: ele precisa viver na operação. Para isso:

  • Treine o time de campo (presencialmente ou via e-learning)

  • Estabeleça auditorias de execução

  • Acompanhe KPIs por canal e distribuidor

  • Atualize o tradebook periodicamente com base nos resultados e aprendizados


Desenvolver um tradebook assertivo para varejo e distribuição é um exercício de equilíbrio: garantir padronização da marca e, ao mesmo tempo, respeitar as particularidades de cada canal.

Empresas que fazem isso com inteligência transformam o tradebook em uma vantagem competitiva — uma ponte entre a estratégia da marca e a realidade do ponto de venda. Quando bem feito, ele não apenas orienta a execução, mas também fortalece o relacionamento com o varejo, alavanca o sell-out e impulsiona resultados consistentes.

 
 
 

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